sábado, 31 de julho de 2010

MOVIMENTO ABRE-RODAS/SE LIGUE

ABRINDO RODAS DE PALHAÇOS
ESPETÁCULOS
NÚMEROS
IMPROVISAÇÃO
RISOS
EMOÇÃO

DOMINGO 

de manhã - 10:00h  PARQUE DE PITUAÇU 
                  10:00 h  DIQUE DO TORÓRÓ
de tarde -   16:00h  CAMPO GRANDE

terça-feira, 27 de julho de 2010

SOBRE O MOVIMENTO ABRE RODAS


Mais que um movimento para única e exclusivamente abrir rodas de palhaços, é primeiramente, um movimento de encontro de palhaços. São dias e horários específicos onde sabemos/saberemos que naquele determinado local/dia/hora diversos palhaços se encontrarão, não apenas para executar a função através da apresentação de números em rodas, mas executar, antes de qualquer coisa, a função de nos encontrar para podemos transformar a nós mesmos.

Outro importantíssimo espaço que compete ao Abre Rodas são os encontros para as discussões e entendimentos sobre nossas filosofias enquanto artistas de rua; sobre a função do palhaço de transformação da alma e de sua missão que é estabelecer esta transformação nos locais que precisam de luz, de amor; sobre a função do bufão, e seu  lugar de total liberdade como um feto que nasce em nós antes do palhaço, ao qual nós palhaços, como seres em constante transgressão de nós mesmo, podemos vir a retornar, mas que como seres conscientes que somos, chegamos ao lugar do bufão com a consciência do palhaço/artista implicado socialmente nesta transformação das almas - e primeiramente a nossa própria.  



O Movimento Abre Rodas é um espaço de formação. Formação para a arte e sobre a filosofia que compete a essa arte. Hoje conta com a coordenação de Thiago Enoque Sabiá e Caxambó, mas é necessário que outros palhaços se comprometam com o intento de assumir as frentes que são criadas junto a este movimento. Um dos intuitos do Movimento Abre Rodas é justamente gerar essa formação, para que outros possam ir assumindo o lugar de coordenação das rodas e passando a experiência para os que chegam depois. A cada novo lugar que uma roda é aberta, precisamos de palhaços para assumir estes locais, independente de quem esteve ali inicialmente gerando o intento de abertura. precisamos de palhaços engajados na continuidade das funções.

Acerca da função que nos cabe, a da transformação das almas, e da nossa missão, que é estabelecer esta transformação onde se necessita de luz e amor, também é importante criar uma consciência sobre nosso lugar enquanto artistas de rua, fomentadores de uma nova cultura política-sócio- filosófica, que se volta para um movimento de emancipação dos moldes e padrões do sistema capitalista. Entendemos que não buscamos com o nosso fazer nos tornarmos "emergente", reformadores desse sistema neo-liberal- imperialista, Mas que através das nossas funções, devemos contornar o paradigma dominante entendendo que, assim como na mola propulsora do sistema há uma dedicação cotidiana à sua manutenção, nós, artistas e artistas de rua, devemos nos conscientizar de que precisamos nos dedicar cotidianamente à construção de estratégias de emancipação, de trabalho semanal, para assim, construir um sistema econômico-polí tico-cultural paralelo.

Temos que educar cotidianamente a sociedade na qual estamos inseridos em relação à existência da arte de rua, e fazê-los entender, que assim como é digno de nós estamos ali a trabalhar, é digno que as pessoas paguem pela graça recebida por eles através da nossa função. Temos que nos fortalecer enquanto irmãos, irmandade. SOMOS UM MOVIMENTO E ESTAMOS APRENDENDO COM ELE. Isto quer dizer, que como movimento, já se trata de algo que segue e cresce, e nesse crescimento aprendemos as estratégias para seguirmos e nos profissionalizarmos.

Como é um movimento inicial para todos nós, pensamos então de abrirmos nossas caixas de ferramenta para fortalecer nossas ações. Para um fazer artístico profissional e autosustentável é necessário o desenvolvimento de outras frentes de trabalho também. O movimento cresce, mas precisamos entender, como nós, mesmo que não seja como palhaços, podemos contribuir para isto, afim de fortalecermos- nos em sentido duplo: fortalecimento do movimento - o que implica em crescimento de espaço e frentes de trabalho para nós; e fortalecimento individual enquanto profissional, independentemente da área de atuação.

Nosso movimento para ganhar mais corpo, já não precisa única e exclusivamente de palhaços, mas, além de palhaços, precisamos de irmãos que possam estar registrando as ações (fotos e vídeos), fazendo cobertura de impressa e assessoria (construir textos para dispor à mídia), confeccionar cartazes (digitais para circular na net), construir blog e site... Enfim, começarmos e ver quais as competências que temos além de sermos palhaços e, nos propormos a contribuir com elas também - e somos diversos irmãos palhaços com múltiplas competências. 

Isso, se nós lançarmos a dizer onde podemos atuar, só beneficiará a nós mesmos. Entre nós, existem diversos artistas estavelmente inseridos no contexto artístico de nossa cidade, em outros tipos de atuações e que muitas vezes estão sem profissionais qualificados para certas funções por desconhecimento de tais profissionais. 

A nossa profissionalização e fortalecimento passa pela função social e educativa da nossa arte. Estamos concebendo que o palhaço é um grande Educador Social com um poder e um alcance incrível. O palhaço tem um poder incrível e uma possibilidade de função social enorme (vide Palhaços sem Fronteiras, Doutores da Alegria etc.). Considerando tantas possibilidades é que propomos nos mobilizar para fazer uma associação e efetivamente nos organizarmos em comunidade solidária, fortalecer os vínculos e não obedecermos às lógicas capitalistas que nos individualizam.

Queremos partir da classe palhaçal, porém temos que aceitar os artistas em geral. Considerando também que queremos inclusive aceitar a arte de viver com a natureza. Assim a nossa associação deve ser de arte e ecologia. Vivemos num planeta cheio de problemas, beirando ao colapso. A arte é uma ferramenta muito poderosa para ser resumida em mais uma tratamento de auto-ajuda ou de trampolim para vaidades pessoais, ou grupais. Devemos considerar que estamos pisando numa realidade e que nossa arte age e tem o poder de agir sobre essa realidade. Afinal não podemos esquecer que estamos com o Pé na Terra.

domingo, 25 de julho de 2010

Movimento Abre-rodas - 25/07

 RODA PITUAÇU

Por: Zédi (Espeto Zaratrusta)

O clima era de dúvida: Chove ou não chove? Será que tem gente? Quem será que vem? Quais números fazer?
As dúvidas vinham da cabeça de Zédi (Espeto Zaratrusta) enquanto esperava pelos seus companheiros. Nesse meio tempo uma trilha sonora deveras interessante se aproximou e se alocou no espaço onde as apresentações acontecem: Uma orquestra de berimbaus! Zédi ficou contemplando os ritmos e movimentos que o grupo realizava, quando Igor Santana (Caxambó) chegou para exercer sua função. Enquanto confabulavam sobre o roteiro, números etc., Zédi explicava que estava sem roupa, nariz e maquiagem, o que foi rapidamente contornado com auxílio de Caxambó. Um grupo de pessoas se aproximou de Igor dizendo que iria acontecer um grupo vivencial ali e desta forma alinhavaram como as duas ações poderiam ocorrer. Neste momento chegou para exercer a função nosso querido Duda (Pernácio). Com a chegada dele, foi iniciado o processo de maquiagem enquanto definiam-se os números a serem apresentados. Optou-se então por iniciar a roda com um número solo de Caxambó com os malabares, em seguida viria o jogo de improvisação Clownpoeira, depois um número que Espeto e Caxambó estão criando, abelha abelhinha com Espeto e Pernácio e por fim o salto final de Caxambó.
Quando a maquiagem foi terminada, os três foram convidados a dançar junto com grupo que desenvolvia a sua vivência. Os três paspalhos então já começaram a interagir com o público, esquentar seu corpo e sua presença. No final o grupo “passou o bastão” para os palhaços e então o Abre-rodas pode ter início.
Os números tiveram uma boa aceitação, de um bom público que esteve presente na roda, assim como Espeto, Caxambó e Pernácio estavam se divertindo e principalmente improvisando muito! Se tiver uma palavra que pode classificar este abre-rodas foi o improviso. Os números transcorreram de uma forma muito fluída, o público de fato comprou a idéia dos palhaços, e com isso muitas risadas puderam brotar. Por fim Caxambó cantou o seu repente e então passou o chapéu, digo, passou logo a sacola! Que veio recheada...
Mais uma missão desenvolvida com muito amor e carinho e com a convicção da importância da nossa missão/função de palhaços de rua. Domingo que vem tem mais...Encontro com vocês lá, ok?!



RODA DIQUE DO TORÓRÓ
Por: Thiago Enoque Sabiá
e no dique foi assim...
 est eu a caminho do Dique do Tororó, como, várias armas de Jorge. pandeiro, flauta, chocalho, malabres, e muito intento.
no caminho lindo que seguia até o Dique, passava revesando os instrumentos para tocar. hora com a flauta, ora o pandeiro.
por onde passava, as pessoas já a observar-me, com minha roupa de "palhaço-cidadã o", malabares e brinquedo na mão. e a todos eu dizia, a alguns gritava: é lá no dique, se cheguem, muita diversão, amor e luz!!! se cheguem!!!
 
de longe, tocando, cantando, dando bom dia, avistei meus irmãos Santim Bufanda e Farrapo, já semi-prontos a ponto de iniciar a função. chegue tocando pandeiro, e eles no deque do dique. parei pouco antes deles para abraçar uma árvore, e segui a ao encontro deles.
 
de pandeiro na mão, começamos a ensaiar, nos três a música "o boa noite pra quem é de boa noite, o bom dia pra quem é de bom dia..." e tb, "adeus adeus, olha boa viagem, mas acabamos de chegar, olha boa viagem.." um esquente. tudo isso, sem ainda nos comprimentarmos, só nos olhamos e seguimos no improviso.
 
depois, paramos, nos cumprimentamos, segui me maqueando enquanto combinávamos.
 
"vamos fazer o cortejo, arrastar o povo daqui até a árvore grande ao lado do play e lá organizar a roda"  okokok
 
muito energia e música, comunicando, arrastando gente conosco.
 
no ponto marcado, já havia diversas pessoas a nos esperar, daí, fomos organizando, gente pra k gente pra lá, sente aqui, abra dalí, e papapa...e papapa...
 
seguimos com uma abertura que já fizemos outra vez.
nós, palhaços, tocando e cantando damos continuidade com alguma música, daí, durante a cantoria um Farrapo dispiroca, destrambelha, alopra e eu e Santin paramos, gritamos com o maluco, estabelecemos novamente o ritmo e voltamos a tocar e cantar. isso se repete + 3 vezes, na 3ª eu e Santim que estavamos tentando dar uma ordem à coisa, pegamos o imbécil do Farrapo dispirocado pelos braços, enquanto isso o doido continuando, daí, nós enchemos a boca de água, comunicamos ao público e cospimos água no mocorongo maluco do Farrapo.
o povo adora ver alguem se desgraçando!! ! hehehe
nesse momento em que todos sorriem do Farrapo e nós dando aquele gás no público, o Farrapo começa a chorar é quando de súbito eu e Santim olhamos para o público e pedimos aplausos para o Farrapo, que daí, para de chorar e começa a rir.
foi muito bom!!!
 
aproveitamos o momento da nossa chegada com música para falar do nosso movimento e largar um pouco da nossa filosofia palhaçal, dizendo da arte de rua e anunciando que será um espetáculo de chapéu.
 
no fim da primeira farsa feita por nós, a relatada acima, mais um tempinho para falar sobre nossa funçaõ ao público enquanto Santim e Farrapo se arrumavam para o Abelha-Abelhinha! !
muito bom!!! me diverti muito.
 
o idiota do Farrapo fazendo o branco, os dois confusos do número, foi uma merda divertidamente engraçada!!! kkk ri pra carambo!!!
 
de tudo rolou, foi muita diversão e aprendizado! 
o grande final ficou por conta da convidada da platéia, que vendo que Farrapo e Santin não se acertavem, ela por conta própria, encheu a boca de água e quando Santim chegou até ela de abelha rainha, ela largou água na cara de Santim!!! hehehe
foi o máximo!!! ninguém disse nada a ela, mas já estava sabendo que teria que se protejer e se adiantou!!! rsrsrs
 
logo em seguida, entrei procurando o velho Pafuncio de guerra, o piolho acrobata!!!
cadê? cadê? cadê? quem viu? quem viu? alguém viu aí?
e o povo: o que? o que?
Pafuncio!!!
os que já viram outra vez já estavam se divertindo. daí foi só alegria.
Santim fazendo sons com instrumentos e eu improvisando na rotina dos 3 saltos do pafuncio. 
muito bom!!!
no fim, Pafuncio pulou dentro da minha gorra e já emendamos com o chapéu!!!
 
foi demais!!
 
um dia formidável! 
 
ao fim da roda, andamos um pouco pelo Dique, para espreitar.
iriamos fazer outra roda, após conversarmos e identificarmos  os pontos fracos da função.
o tempo passou, brincamos de corda. crianças e adultos chegaram, mas o fluxo do Dique havia  caido pois era hora do almoço.
 
 
RODA CAMPO GRANDE

dado momento, Santim e eu decidimos ir para a Praça do Campo Grande para fazer uma roda conforme haviamos conversado.
 
Uauauauuuu
foi demais.
 
chegamos, tocamos, passamos pelas pessoas da praça, comunicamos a todos, chamamos o foco para nós. anunciamos que estávamos ali. as pessoas estavam sabendo. e nos observavam. optamos por fazer um pré-convocatória calma e tranquila, administrando o tempo.
tocamos, dançamos, cantamos, jagamos malabares e devagar as pessoas se aproximavam. primeiro, as crianças claro. essas, já escalávamos como ajudantes de roda, conversamos dizendo que iriamos fazer uma apresentação de palhaços e se elas queriam ver. todas disseram sim, daí, falamos para que nos ajudassem a organizar a roda. gente pra lá, gente pra k.
5 minutos!!! e não anunciamos mais que 3 vezes. a roda foi enorme!!! e enquanto isso, brincávamos, improvisamos com músicas e danças e brincadeiras e enfim ensinando e estimulando o público a bater paumas e a participar conosco!!!
vimos que esta formado e que já estavamos começando sem nariz...! ops é mesmo, até agora estavamos sem nariz!!! hehehe
paramos, pedimos para o publico que na hora que virassemos de nariz, que dessem muito aplauso gritos e tudo mais... e foi demais!!! viramos, aplausos e gritos e começamos, ou melhor, demos continuidade à funçao. esta se desenrolou numa estrutura semelhante a que fizemos no dique pela manhã. a que está narrada acima. porém, não teve o momento final com pafuncio. depois da abelha-abelhinha passamos o chapéu. iriamos continuar. conversamos de passar o chapéu 2 vezes. iriamos fazer um outro número que já fazemos a um tempo, que é o do boneco, mas percebemos que estavamos sem voz e preferimos agradecer a quem estava nos esperando continuar.
 
foi isso!!!
 
mais um dia de domingo do abre rodas!!!
 
LEMBRANDO!!!
SABADO QUE VEM, AS 15H30, NA PRAÇA DO CAMPO GRANDE!!!
VAMOS FAZER LÁ SÁBADOS E DOMINGOS!!!!