É isso minha gente , nos despedimos de Salvador, e foi com muito carinho e amor. Sentimos mesmo nossos laços de amizade nos abraços apertados de despedida. Quase sentimos vontade de não ir.
http://g1.globo.com/bahia/noticia/cia-pe-na-terra-comemora-10-anos-de-arte-de-rua-e-se-despede-de-salvador.ghtml
Nessas horas que tomamos consciência do quanto amamos e somos amados. Foram marcantes os espetáculos mesmo em dias nublados e chuvosos, contando com a presença de nosso público, nossos amigos, nossos irmãos de coração.
Foi fabuloso nosso espetáculo em família. Há um tempo ensaiamos essa apresentação. Já fizemos números com nossas crianças, mas nunca um espetáculo inteiro de rua, com tudo sincronizado. Amadureceram na hora certa.
Essa é a verdadeira escola pra nossos filhos: nosso campo de convivência mediada pela palhaçaria. A partir disso naturalmente se sentem estimulados por sua própria autopoiese, pois afinal nós enquanto palhaços e pesquisadores dessa arte estamos sempre nos auto-criando, nos reinventando, nos reconhecendo, nos transmutando.
A arte da palhaçaria é uma mudança de paradigma nas relações. É uma arte que nos deixa plenamente mais nós mesmos, focamos na presença, no nosso ser verdadeiro, sem máscaras. Nos conectamos com a nossa essência...
Nos despedimos de Salvador deixando esse legado, nossos amigos que compartilhavam conosco isso tudo.
Deixamos um movimento Pituaçu em Rede que honra nosso trabalho de 9 anos gerando arte e educação no Parque de Pituaçu, ocupando espaço público com arte de rua.
Honramos também todos aqueles que levam a frente e que agora nesse momento estão se empenhando pra o Festival Alternativo Viva o Parque de Pituaçu a acontecer em Setembro.
Nossa despedida da Casa da Música, do Parque do Abaeté (vide https://casadamusicabahia.wordpress.com/2017/08/02/palhacos-didi-siriguela-e-caxambo-participam-do-proximo-sarau-de-itapua/#more-3111)
, no Sarau de Itapuã que foi ocupado pela palhaçaria musicada.
Também foi demais com queridíssimos parceiros: Biancorino, (Alê Casali), Cabelinho (Geovane Nascimento) Alexandre Varapau Carvalho, Trilili (Celo Costa) e Amadeu Alves então batizado como palhaço Diapazão.
Enfim a vida segue e vamos nos reencontrando em Floripa, em busca de expandir nossas possibilidades de vida, aprender com novos contextos, cativar novas convivências e levar a frente nossa pesquisa de palhaçaria e educação, fazendo ela crescer e disseminando nossas descobertas.